A Bandeira da Estação Primeira de Mangueira: A nossa Bandeira.


A BANDEIRA COM O FUNDO ROSA E COM O OCTÓGONO.
(NEIDE, com seu SORRISO INCONFUNDÍVEL)

A Mangueira foi fundada em 28 de Abril de 1928, seus fundadores foram:
Euclides Roberto dos Santos (Seu Euclides, o dono da casa, mais conhecido como Euclides da Joana Velha), Saturnino Gonçalves, (Satur), Marcelino José Claudino, (Maçu), Angenor de Oliveira (Cartola), José Gomes da Costa (Zé Espinguela), Pedro Caim (Pedro Paquetá) e Abelardo da Bolinha.
 
As cores escolhidas foram verde e rosa, o nome, Estação Primeira. Mas não escolheram um determinado símbolo que lembrasse a Agremiação. Consta que o primeiro símbolo que foi bordado na Bandeira, foi uma "Lira", considerada a rainha da música e que as primeiras, foram confeccionadas artesanalmente (foto abaixo) por Isabel, esposa de Agenor Murilo de Castro, que nos dirigiu entre os anos de 1937 e 1938, sendo ela, madrasta de Mocinha (Porta Bandeira).


 

Segundo depoimento de Carlos Cachaça, nunca tivemos um símbolo permanente, a cada ano era bordado um símbolo diferente. O que ficou definitivo foi o Brasão idealizado em 1959/60, por Manoel Pereira Filho (Beleléu), desenhado por Darque Dias Moreira (Sinhôzinho) neto da Tia Fé, que neste período desenhou os figurinos e as alegorias da Escola, sendo o Presidente, Roberto Paulino e Secretários: Carlos Moreira de Castro (Carlos Cachaça) e Raymundo de Castro.

- Tenho muito orgulho de ter participado deste momento evolutivo do nosso Grêmio. Um dos motivos de ter permanecido este Brasão, foi a necessidade de registrá-lo junto a Secretaria de Costumes e Diversões, (Departamento de Censura), conjuntamente com os desenhos das alegorias e enredo. O que foi trazido ao meu conhecimento, é que cada símbolo representava o seguinte:

- A COROA: Representa a Mangueira, Rainha do Carnaval e do Samba.
 
- AS ESTRELAS: Representam os Campeonatos conquistados pelo Grêmio.
  Após 1984 ao ganhar o Supercampeonato, foi colocado sobre a COROA, uma estrela em destaque representando esta conquista. Como atualmente, temos dezoito títulos conquistados, temos do lado esquerdo, nove ESTRELAS, do lado direito, oito, e uma em destaque, encimando a COROA. 
 
- OS LOUROS: Representam as glórias conquistadas.
 
- O SURDO MOR: Representa o Samba. Mas para nós, representa também, nossa batida única, sem resposta.
  Segundo o que foi dito pela Gilda, neta de Dª Palmélia e bisneta da Tia Fé, "representa a batida de Xangô", iniciada por Lúcio Pato, continuada pelo China do Surdo (Florípes dos Santos), eleito Baluarte, batida que perdura até hoje.
 
Temos a observar, que quando a Bandeira foi concebida, ela era toda rosa, o Surdo, os Louros e a Coroa, eram verdes com acabamentos dourados e entorno da Coroa, não havia nenhuma estrela em menção a campeonatos e na faixa, contornos dourados destacava-se o nome do Grêmio: "G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA", acima da Coroa. Tudo isso, bordado sobre um fundo rosa, depois, é que foram acrescentados o Octógono e os Polígonos.

 
Obs. - O nome de "Mangueira" foi acrescentado ao "G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA" quando eu (Raymundo de Castro), Zacarias e o Célio da Caixa Econômica,  na Gestão de Juvenal Lopes, fizemos uma reforma no Estatuto.
 
A Bandeira com fundo Rosa
e somente com octógono.
Houve um período, em que nos desfiles das Escolas de Samba, tinha um quesito a ser julgado, denominado "Bandeira", por esse motivo, se confeccionava anualmente para o desfile um novo pavilhão, com detalhes e acabamento esmerados, mantendo-se os mesmos símbolos.

 A maioria delas foram bordadas pelo "Arnaldo das Faixas". Também houve um período, em que era obrigatório que constasse o nome do enredo na Bandeira.
 

A BANDEIRA COM O FUNDO ROSA E COM O OCTÓGONO.
 (NEIDE, com seu SORRISO INCONFUNDÍVEL)
A Bandeira era feita com bastante antecedência e colocada em exposição numa vitrine localizada no Largo do antigo Jóquei na Rua Ana Nery. Na Véspera do desfile, formava-se um Bloco no Buraco Quente que se dirigia ao local da exposição, indo à frente, a primeira Porta-Bandeira empunhando o Pavilhão do último desfile. Ao apanhar a nova Bandeira, ela passava a que se encontrava em seu poder para a segunda Porta-Bandeira e o Bloco voltava para o Morro, indo a frente a nova Bandeira e um pouco atrás, a do ano anterior. Posso falar com propriedade, porque participei de um desses Blocos, não sei precisar o ano, pois era criança e não pensava em fazer parte da escola.


Neide, empunhando a bandeira, bailando com Delegado e Robertinho (Mestre-Sala revelação da Ala Mirim), observados por Jamelão e no fundo Alcides Bernardino (esposo de Neuma) e Walter Policarpo (carnaval de 1961).

A BANDEIRA CONFORME O ESTATUTOCapítulo II
 
DOS SÍMBOLOS
 
Artigo 7 - A BANDEIRA E DEFINIÇÕES DE CORES:

O pavilhão é composto por 8 (oito) polígonos de cor verde e 8 (oito) polígonos de cor rosa que, alternadamente, convergem para um octógono na cor verde, com bordas douradas, que contém o Brasão do Grêmio tal como exposto no artigo 8.
O Pavilhão Oficial terá as seguintes dimenções 1,22m x 0,89m, tendo em suas bordas franjas douradas.

Artigo 8 -  O BRASÃO

O Brasão situado no centro do octógono terá as seguintes características:

- Estrelas na cor dourada em igual número aos campeonatos conquistados pelo Grêmio nos desfiles oficiais das Escolas de Samba, tendo em destaque uma  estrela maior que representa o título de Supercampeã do Carnaval de 1984;

- Uma coroa na cor dourada com bordados em formato de pedras preciosas nas cores verde (Pantone 341 C ou U) e rosa (Pantone 053C ou U Process Magenta) (ou 100% ciano, 100% amarelo e 40% magenta para o verde e 100% magenta para o rosa na impressão  em policromia);

- Um Surdo-Mor na cor prateada;

- Dois ramos de louros na cor verde com contornos dourados;

- Faixas com contornos e letras douradas com a inscrição GRES ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA;

- Entre os ramos de louros e a faixa estará bordado em dourado, 1928, o ano da fundação do Grêmio.



Cesar Romero e Raymundo Baluarte da Mangueira Mauro Alburquerque Baluarte Gerson Sammartino
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© Autor: Raymundo de Castro - 2017. Todos os direitos reservados.
Personalizado por: José Milton A. de Castro |
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