COMO SE DEU O FINANCIAMENTO E PAGAMENTO DA CONSTRUÇÃO DO PALÁCIO DO SAMBA.
Na gestão Ivo Meirelles, publicaram uma revista, na qual, fizeram um artigo falando sobre a construção do Palácio do Samba, numa demonstração clara de falta de conhecimento dos fatos, tentando com isso, desvalorizar o trabalho e a abnegação de muitos que contribuíram para esta construção, não citando sequer, o nome do Presidente do Grêmio na época, Sr.Djalma dos Santos.
Não sou contra a renovação. Sou contra “alguém” que desconhecendo a história do Grêmio, está tentando apagar o que muitos fizeram para chegar onde chegamos e demonstrando uma vaidade exacerbada. Se autoconsidera, “pilar” da fundação da Mangueira.
ABAIXO A PUBLICAÇÃO DA REVISTA: ESTA PUBLICAÇÃO DETURPA OS FATOS DE COMO FOI A CONSTRUÇÃO DO PALÁCIO DO SAMBA.
Não recebemos nenhuma verba procedente do governo do estado ou de qualquer poder público para realizar esta edificação.
Convidamos o governador Chagas Freitas para participar da inauguração por diversos motivos:
- O acionamento da chave elétrica, inaugurando a nova iluminação em frente à Quadra e em toda Rua Visconde de Niterói.
- Agradecer o que conseguimos junto à secretaria de obras: que foi a elaboração de um “novo projeto para o viaduto”, no original previa a construção de um túnel ligando São Cristóvão a Mangueira e, com isso, grande parte dos moradores seria erradicados, se não, todos.
Posso falar com propriedade, pois participei com Ciro Ramos, Dr. Alcyone Barreto e muitos outros, para que este sonho se concretizasse.
Os moradores do morro de Mangueira devem agradecer a existência do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira e aos diretores que participaram da construção do Palácio do Samba. Se a construção não tivesse acontecido, hoje, não existiria "Morro de Mangueira".
A CONSTRUÇÃO DA QUADRA.
ESTA É A VERDADE DE COMO FOI A CONSTRUÇÃO DO PALÁCIO DO SAMBA:
Como já foi dito outras vezes, “tudo começou com uma conversa informal entre eu e Ciro Ramos”, cuja ideia, levamos ao Presidente do Grêmio, senhor Djalma dos Santos, que não era egocentrista e nem megalomaníaco e nos autorizou a levar a ideia a frente.
Procurou-se o Dr. Eugenio Agostini Netto, que agilizou em imediato os arquitetos Sabino e Leal para providenciar as plantas.
Dr. Alcyone Barreto saiu à procura para conseguirmos a posse do terreno, chegando a conclusão que teríamos que compra-lo.
O Dr. Oliveira Pena (presidente do BNH na época), que estava engajado para que esta construção se realizasse. Me procurou (eu era o tesoureiro da Escola), para saber a situação financeira do Grêmio.
Informei-lhe que deveríamos terminar o carnaval com mais ou menos CR$ 200.000,00 (duzentos mil cruzeiros) em caixa, pois já possuía CR$. 100.000,00 (cem mil cruzeiros) da gestão do senhor Juvenal Lopes.
O que aconteceu é que terminamos o carnaval com o total de CR$ 180.000,00 (cento e oitenta mil cruzeiros), com parte deste dinheiro, demos entrada na compra do terreno.
Para angariar fundos para a construção, fundamos a Ala da Remandiola, dando-se o título de "Comendador do Samba" a quem fizesse a doação de CR$ 1.000,00 (mil cruzeiros), em parcelas de CR$ 100.00 (cem cruzeiros).
O resto do financiamento foi realizado pela COFRELAR, Associação de Poupança e Empréstimos, tendo realizado diversas hipotecas e para isso, demos como garantia o nosso terreno, no qual, construímos o Palácio do Samba.
VEJA ABAIXO CÓPIA DO REGISTRO DE IMÓVEIS, EM CUJO VERSO, CONSTA A LIQUIDAÇÃO DA HIPOTECA
NOTA:
- Na Gestão do senhor Ed Miranda, o Benemérito Dr. Eugenio Agostini Netto, conseguiu liquidar toda a dívida junto a COFRELAR, baixando-se com isso, a hipoteca da escritura.
A CONSTRUÇÃO DO PALÁCIO DO SAMBA: FINANCIAMENTO E PAGAMENTO: