Primeira compositora admitida na Ala dos Compositores


Ala dos Compositores da Mangueira em 1939
Em pé (esq/direita): Quedinho, Alfredo Português, Nego, Geraldo da Pedra. José Ramos, Maçú (Marcelino José Claudino), Cartola (Angenor de Oliveira), Carlos Caçhaça (Carlos Moreira de Castro), Zagaia e Alfaiate,
Sentados (esq/direita): Aloízio Dias, Edson, Odaléa (Madrinha da Ala dos Compositores), Zeca e Baiano.



Em 1939, por iniciativa do Cartola (Angenor de Oliveira) que convidou o Carlos Cachaça, Zé Criança, Gradim e o Aluizio para fundarem a Ala dos Compositores da Mangueira, dando, com isso, a oportunidade a muitos jovens com talento, mas sem experiência para ingressarem na Ala.

Quem os sabatinava era o Cartola, e não era com facilidade e apadrinhamento que conseguiam passar pelo teste.

Para demostrar a autenticidade do que estou dizendo, acima: - O compositor Comprido (Anésio dos Santos) me confessou ter participado de vários testes e só após muita perseverança, conseguiu ser aprovado.

Devo lembrar que Comprido foi eleito Baluarte da Escola, ocupando a cadeira 18, cujo patrono é a Onorina de Souza.

Mas a finalidade desta pesquisa, é para esclarecer aos mangueirenses e a quem se interessar, de um modo geral, qual foi a primeira mulher que foi admitida como compositora no Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira.

Primeira compositora da Mangueira
A saudosa Verinha (Vera Lúcia da Silva) e Leci Brandão.
Foto Verinha: Cedida pelo Rody e arte/José Milton
Foto Leci: Revista Mangueira 75 Anos e arte/José Milton

VERINHA, OU LECY?

Alguns dizem que foi a Verinha, Outros, que foi a Leci Brandão.

- Para esclarecer este fato, fiz uma pesquisa e conversei com as pessoas que estiveram diretamente envolvidas neste episódio e as informações obtidas, estão a seguir:

Ainda não havia sido inaugurado o Palácio da Samba e em uma reunião da Ala dos Compositores realizada no ano de 1972, na sede da Travessa Sayão Lobato, o compositor Zé Branco levou ao conhecimento do presidente da ala José Narciso Teixeira (Brogogério), que num bloco carnavalesco em Realengo, existia uma garota que além de ser uma boa cantora, era compositora e compunha muito bem, sendo vencedora de diversos sambas enredos para os desfiles de carnaval do bloco e que o nome dela era, "Leci Brandão".

Em conversa com Brogogério, ele me disse:
“- Nesta época, eu possuía uma filosofia, quando me diziam que existia um compositor que era muito bom, fosse ele de Niterói, Caxias, São João de Meriti ou Miracema, enfim, de qualquer lugar, eu falava: - Traga ele pra nós! Isso aconteceu com Tolito, Nilton Russo e Jajá, todos eles vencedores.
Para que a futura componente não ficasse numa posição desconfortável, perguntei aos demais compositores se conheciam alguma compositora que morasse no morro, então o Batista falou, que existia uma menina compositora e que era parceira dele e seu nome era Verinha e eu de imediato lhe falei: - Traga ela também!”.
Portanto, as duas foram admitidas na Ala dos Compositores, no mesmo dia. Esta confirmação foi feita a mim, Raymundo de Castro, pelo próprio Presidente da Ala dos Compositores na época, o Baluarte Brogogério (foto) e confirmado pelo compositor e Baluarte, Moacyr da Silva, que também participou da reunião em que foram admitidas.


Lecy Brandão Primeira compositora admitida na Ala dos Compositores Verinha compositora da Mangueira
Lecy Brandão, O Baluarte Brogogério e a saudosa, Verinha.



Primeira compositora admitida na Ala dos Compositores





Cesar Romero e Raymundo Baluarte da Mangueira Mauro Alburquerque Baluarte Gerson Sammartino
1 2 3 4 5
© Autor: Raymundo de Castro - 2017. Todos os direitos reservados.
Personalizado por: José Milton A. de Castro |
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo